Nada é impossível de mudar

Nada é impossível de mudar
Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo.
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Siplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural
nada deve parecer impossível de mudar.

Bertold Brecht







segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Coisas a fazer





Cantar no chuveiro numa noite fria
Contar uma história numa tarde de chuva
Escrever uma carta para um amigo
Sentar no banco da praça e dar gargalhada
Subir na montanha e gritar quando o Sol estiver se pondo,
ficar por lá para ver o Sol nascer
E antes de dormir, principalmente, fazer meu exame de consciência.

domingo, 19 de setembro de 2010

da doçaria à arte do pormenor


Velas apagadas,
Mesa posta,
memórias à vista.

Ao longe uma melodia
Era a melodia da fome
a fome da alma,
a fome em preto & branco.

Quem pode saber como se tempera um coração?
Escolhemos as ervas, espalhamos o sal, dosamos o açúcar.
E por fim fica aquele gosto de vida mal comida, amor mal engolido.

Felizes somos aqueles que apreciamos um prato do amor.
Sabor de fruta mordida, sabor de briga com pimenta, sabor de quero-mais,
Sabor de cheiro do corpo, sabor de novidade, sabor de não quero mais, estou satisfeito.

Sabor de arrependimento.
Azia na memória,
miséria humana.
E muitos sequer sentaram-se à mesa.
Mais uma taça de vinho, por favor.
O sofrimento quando não fortalece, aleija.